4.30.2009

Hearts

There’s nothing left for me
I’ve tried
I’ve failed
I’ve tried again
But kept failing…

I don’t even know where my heart is
or even if I still have a heart
After all, it couldn’t have lasted this long
Ripped by the hands of this world

How long can you last?
When they keep killing you?

How long can your heart last?
When it keeps getting beaten?

Silêncio

Descobri hoje que tudo o que temos de fazer é ficar calados. Descobri hoje que o silêncio é uma condição imposta à alma humana pelos que nos rodeiam e que pensamos amar. Descobri hoje que o som é castigado, que as verdades não podem ser ditas, que somos obrigados a silenciar os nossos próprios quereres, anseios e necessidades. Querem-nos gelados no interior, vocalizando apenas o que está de acordo com as suas normas. Quando nos atrevemos a quebrar o silêncio imposto, a demonstrar a nossa alma, a sentir algo… somos espancados até que o gelo volte.

Mas se calhar eles têm razão. Se calhar, sentir é algo inútil, exprimirmo-nos também. Desde que mantenhamos a mentalidade comum, tudo ficará bem. Desde que estejamos mortos, preocupados com o que é mundano e superficial, nada nos acontecerá. Se calhar, os que se atrevem a falar é que estão errados, aberrações que não sabem cumprir a norma.

Se calhar é melhor permanecer morta por dentro do que morrer aos poucos.

silence

4.22.2009

Não

Por favor não me peças para ficar. Não me olhes, não me fales. Não me tentes… Não te quero deixar. Esse teu pedaço de humanidade prende a minha alma a ti, e eu não quero isso, apesar de te querer comigo, agora e sempre. Não posso, não vou, não fico, não quero.

Mas sabes que não consigo. Aguentar mais. De cada vez a lâmina rasga a minha pele mais fundo, e sabes, e sei, que o meu coração não está longe disso. A culpa é tua. Porquê? Porque é que de cada vez que tudo parece bem, voltas a agarrar a minha existência, puxando-me para ti. Odeio-te. De cada vez que olho para ti, já não te vejo. Queres devorar o meu ser.

Preciso que me acordem. Estás na minha cabeça. Preciso que me digam que estou a sonhar, que é um pesadelo, que não existes. Que a tua voz na minha cabeça é uma ilusão. Cala-te.

Sair daqui. Morrer. Fugir de ti. Matem-me. Ser livre. Por favor.
Amo-te.

Savages

Gabriel

4.21.2009

Requiem for a Dream

Mais uma vez, o fanatismo aparece… Cho Hakkai de Saiyuki. Musica simplesmente… wow

4.14.2009

Um Mágico No Peito

Um dia tudo acaba
Sem perceberes porquê
Num acorde de guitarra
Vês o mundo
Mas ninguém te vê
As sombras
Que falam,
Te ouvem
E dizem:
Eu sou a noite.

Então sentes o frio
Duma qualquer cidade aberta,
Sabes que as ruas estão contigo,
Só o teu corpo está em parte incerta.

O vento
Que gritas,
Mais alto
Que o nome,
Que o medo de ti...

Desenhos,
Desejos,
Nos lábios,
No sangue
Duma parede qualquer.

E sobre a mesa um mar fechado,
Uma aguarela feita de luz,
Um passado nunca acabado,
E um beijo que alguém depôs.

Palavras,
Traídas,
Que fogem
E dizem:
No me deixes nunca.

Aqui o tempo não é tempo,
É só um chão que ninguém pisou,
Trazes um louco no pensamento
E um Verão que se eternizou.

Estradas
Que soltas
Dos olhos,
Dos mundos
Que trazes em ti...

Há um mágico
Que não cabe nas tuas mãos,
Trazes no peito
Com a força do trovão.
E cada passo
É mais distante do que o que vês,
Talvez bastante,
Talvez discreto
Para mostrar quem tu és.

4.13.2009

Forgotten Memories

Saiyuki-Wallpaper-2---faded

Uma coisita que eu fiz…

Talvez escreva algo relacionado com isto…

ANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIMEANIME

ANIME

4.11.2009

"As the years pass by
Before my face,
As wars rage before me,
Finding myself
In these last days of existence,
This parasite inside me,
I forced it out.
In the darkness of the storm
Lies an evil,
But it's me."
Field of Innocence

4.06.2009

Portas - Sozinha

Afinal tinha conseguido. Ainda não sabia bem como, mas estava sã e salva. Por incrível que pareça, alcançara a porta e esgueirara-se para o interior de um velho armazém em ruinas. Pressionara-se contra essa mesma porta, fazendo com que ela parasse de abanar. Durante o que lhe pareceram horas, susteve a respiração, ouvindo os passos a aproximarem-se, depois deixando de os ouvir, sendo o som que não ouvia substituído pelo bater desenfreado do seu coração e pelo medo de que talvez se tivesse aperbido da porta. Mas então os passos recomeçaram, tornando-se cada vez mais distantes, e ela pode respirar de alívio.

Como era óbvio, não iria voltar pelo caminho por onde tinha vindo, não era estúpida ao ponto de correr o risco de ser apanhada por um descuido desses. Em vez disso avançou silenciosamente para o interior do velho armazém, mergulhado na escuridão. Nesta altura, já se tinha habituado minimamente à falta de luz, mas ainda assim, tudo o que conseguia ver eram contornos dos objectos encerrados naquele espaço. No entanto, sabia que tinha de haver outra saída Quando uma porta se fecha, abre-se outra, pensou, se bem que pudesse não ter a sorte de encontrar outra porta. Ou pelo menos uma aberta. Por esta altura, já tinha perdido a noção do tempo, pura e simplesmente porque não conseguia ver as horas. Não sabia se só tinham passado minutos, se horas, desde que tinha conseguido roubar o dinheiro. Também não importava muito, não tinha propriamente alguém à sua espera.

Finalmente encontrou aquilo que procurava. Uma fresta de luz. Não que ela estivesse propriamente à procura de uma fresta de luz, mas a presença de uma indicava uma porta. O seu coração deu um solavanco, e avançou com o dobro da velocidade para a sua pequena réstia de esperança. Tacteando, conseguiu encontrar uma espécie de puxador e, colocando todo o seu peso contra a porta, conseguiu movê-la o suficiente para ser capaz de passar.

Respirara o ar fresco da noite como se fosse a primeira vez. Rapidamente, identificara o local onde estava e, sem demoras correu para o seu carro.

Saiu daquela zona da cidade o mais depressa possível, só parando em casa.

Enquanto estava no duche, pensou no que lhe tinha acontecido, mal sabendo que era apenas o princípio de tudo.

4.01.2009

Portas – Início

Enquanto corria, ouvia passos atrás de si. Pelo som pareciam estar a uma distância considerável, mas o ritmo era constante, como se a estivessem a seguir. Quem poderia estar a fazer tal coisa, áquela hora da noite e naquela zona sombria da cidade? E logo agora, que tinha conseguido fugir com o dinheiro. Por um golpe de sorte, apenas. E tanto que ela tinha trabalhado para o conseguir... Será que alguém a tinha observado, e agora a perseguia, com a intenção de roubar o fruto do seu trabalho? Ou podia ser que (e o pensamento arrepiou-a) os passos que ouvia atrás de si significavam que um dos muitos polícias na cidade desconfiava dela e esperava o momento certo para a algemar e prender?

Olhou nervosamente à sua volta. Subitamente, viu o beco. Como um relâmpago, correu para a sua esquerda e desapareceu pelo meio de dois armazéns prestes a ruir, por cima de uma lata do lixo caída a meio do passeio. Tentou seguir pela escuridão cerrada e subitamente densa tacteando à sua volta: era um beco sem saída, tinha de voltar atrás. No entanto, viu-se impossibilitada de o fazer, o som dos passos era cada ver mais alto, mantendo o ritmo. Por breves instantes, viu o contorno negro de uma figura a dobrar a esquina. É este o fim da linha?, pensou, enquanto se empurrava contra a parede, tentanto ficar invisível. Todos os meus planos, a energia desperdiçada, será que foi tudo em vão? Suava agora em bica, e tremia, um misto de frio e medo. Os passos aproximavam-se e mesmo quando pensava que todas a suas esperanças de escapar se tinham evaporado ouviu um som que quase a fez saltar de alegria. Chiando, quase imperceptivelmente, uma porta balançava para trás e para a frente na brisa da noite. Poderia ter encontrado o refúgio que tanto procurava? Será que ia conseguir escapar? Deslizou lentamente para a porta, empurrando-se mais e mais contra a parede, para o escuro, longe do seu inimigo. Iria esta porta salvar-lhe a pele?