6.22.2008

Olhares...

benchesSenta-se sozinho, sempre sozinho. Ninguém sabe à quanto tempo, ninguém sabe porquê. Sabem apenas que aquele é o seu banco e que mais ninguém se senta lá. Apenas ele, sozinho. A roupa, igual a muitas; a cara, a nenhumas; os olhos... os olhos não podem ser descritos.

Todo ele é silêncio e, quando se senta no banco, parece criar uma aura impenetravel à sua volta. É assim, as pessoas passam, os carros passam, o tempo passa... só ele se mantém. Ele e o seu ritual, repetido diariamente. Por quem esperará? Sobre que pensará? Ninguém sabe e ninguém pergunta.

Por vezes, levanta a cabeça de uma qualque r prece muda e olha o céu e a multidão em movimento, como se procurasse uma razão para tanta solidão no mundo. E, por vezes, o seu olhar cruza-se com o de alguém que passa com passo apressado, procurando cumprir um horário demasiado apertado.

Dizem que é um olhar sábio, mais sábio do que se pode imaginar, e também sombrio, capaz de fazer gelar o sangue nas veias.

Dizem também que as pessoas que cruzam o olhar com o dele nunca mais são as mesmas. Algumas desistem de tudo e tornam-se em ocupantes de bancos de jardim, tal como o seu criador. Outras, ficam loucas e afirmam ver algo mais naquele olhar. Algo demoníaco, algo sobrenatural.

Quer umas quer outras nunca voltam ao que foram antes. Ninguém sabe quando é que ele vai erger novamente a sua cabeça e nos vai fitar com esses olhos. Pode ser hoje, amanhã ou daqui a um ano, mas que ele o faz, faz.

Pode ser que os escolha, pode ser obra do acaso, mas se é para nós que olha não há volta a dar. A marca está feita.

A história, se é lenda ou facto não sei. Mas, o homem continua sentado no seu banco, mudando uma pessoa de cada vez.

-que tal?

6.16.2008

Ai campo aventura, és o campo que eu mais queria...

Como há coisas que n se esquecem e como há posts que vale a pena repetir, eu vou voltar a falar do assunto: Campo Aventura. As saudades apertam, principalmente agora que o ano está a acabar... foram talvez 3 dos melhores dias da minha vida, principalmente porque voltamos a ver o 9ºB ligeiramente mais unido. Sim, porque a turma B tinha-se vindo a separar, bastante.

 

Foi uma experiencia marcante sem dúvida.... e claro foi muito triste a despedida. E de facto eles disseram que nunca tinham tido um grupo como o nosso. Pode ter sido apenas mostra de fleuma, para parecer bem e tal, mas prefiro pensar que não.

6.01.2008

Do not stand at my grave and weep

creepy tree

Do not stand at my grave and weep,
I am not there, I do not sleep.

I am a thousand winds that blow.
I am the diamond glint on snow.
I am the sunlight on ripened grain.
I am the gentle autumn rain.


When you wake in the morning hush,
I am the swift, uplifting rush
Of quiet birds in circling flight.
I am the soft starlight at night.


Do not stand at my grave and weep.
I am not there, I do not sleep.
(Do not stand at my grave and cry.
I am not there, I did not die!)

                                                -Mary Frye (1932)