2.26.2009

“No mundo que combato

morro

no mundo por que luto

nasço”

“ Existo onde me desconheço, aguardando pelo meu passado, ansiando a esperança do futuro”

"She walks in beauty, like the night"

BIRDSANDLADY 

SHE walks in beauty, like the night
Of cloudless climes and starry skies,
And all that's best of dark and bright
Meets in her aspect and her eyes;
Thus mellow'd to that tender light
Which Heaven to gaudy day denies.

One shade the more, one ray the less,
Had half impair'd the nameless grace
Which waves in every raven tress
Or softly lightens o'er her face,
Where thoughts serenely sweet express
How pure, how dear their dwelling-place.

And on that cheek and o'er that brow
So soft, so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,

But tell of days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent.

 

 

Lord Byron

2.25.2009

Reticências

- Sabes que mais?

- Sei que quero dormir.

- Acho que o Caleb gosta de ti.

- …

- Alex?

- O quê?

- Ouviste?

- Claro que ouvi Sam, agora dorme.

- A sério, ele gosta de ti.

- Porque é que dizes isso? Ele também gosta de ti, e do Dean também…

- Não. Quero dizer sim. Mas ele gosta gosta de ti.

- Gosta gosta, tipo gosta gosta?

- Sim.

- Porquê?

- Porque ele fica todo esquisito ao pé de ti.

- Não fica nada.

- Fica sim, não é igual a quando está comigo e com o Dean.

- Duas coisas: Vocês são putos e eu sou gaja.

- Oh. Mas mesmo assim…

- Sam.

- Sim?

- Dorme.

- Ok. Mas o Caleb gosta gosta de ti.

- …

- Alex?

- Sim?

- Porque é que te estás a rir?

Maldito puto”

Alex e Caleb

- Sabes uma coisa, Alex? -  pergunta ele com os olhos postos nela, sentada do outro lado da mesa com um ar enfadado.

- Não, sei muitas. – a resposta é quase automática, sem interesse. Afinal, ela é que o teve de ir buscar aquele malfadado bar, onde praticamente todos a olhavam como se fosse algo comestível, – Por exemplo, sei que estás podre de bêbado.

Pobre rapaz, tinha uma fraca tolerância ao álcool… Ela suspirou, esta conversa não iria trazer nada de bom.

- Não, não estou. Mas esse não é o interesse desta conversa – continuou, com os olhos presos nos dela. Bolas, odiava quando ele fazia isso. Aquele âmbar liquido dava cabo dela, mesmo agora, assim semi-enevoado e tudo… – O que interessa é que tu és muito porreira…

Alex suspirou outra vez e revirou os olhos

- Pois eu sei que sim, quando morrer vou para o Céu e tudo… Podemos ir embora agora? – E começou a levantar-se, mas a falta de movimento do seu amigo de infância fê-la voltar a posição inicial.

- Não, a sério, és mesmo mesmo mesmo a melhor. A sério. Vieste aqui e tudo. E ajudas-me e tudo. E eu que posso virar uma aberração a qualquer instante.

- Fala baixo idiota bêbado. O teu pai é que me pediu, e sabes bem a consideração que eu tenho por ele. Além disso, parecia mal estares aqui num festival de auto-comiseração, no meio desta gente toda. Fizeste-me atravessar meio país Damien.

Ele pareceu encolher-se um pouco, e ponderar as palavras dela.

- Achas que eu me posso tornar no mesmo que o meu pai? – E pronto, cá estamos nós outra vez. Ela respira fundo, enquanto pensa numa forma de animar a situação.

- Como o Mac? Nem por isso, afinal ele é um neurocirurgião e tu estás em arquitectura… não me parece que chegues lá. – Disse as coisas com um sorriso, e com um tom brincalhão, mas ele não retribuí. É claro que não se estava a referir ao Mac.

- Ouve – E desta vez o tom é ameaçador, e debruça-se sobre a mesa, ignorando os olhares que lhe lançam, a outras partes do corpo que não a cara. Agarra-lhe nos ombros – Eu conheço-te desde quando? Os meus dez, doze anos? E conheço a história da tua familia biológica e sabes que mais? TU não tens nada haver com eles, ok? Porque tu tens algo que eles não tinham.

- Sério? – Meu Deus, ele parecia ter 5 anos e não 27.

- Um Deuce, por exemplo, e um Mac – também queria acrescentar que a tinha a ela, mas achou melhor não arriscar – Anda lá, senhor do mal. Vamos embora.

 

E é ela que conduz, até ao hotel de luxo onde ele está alojado… É ela que lhe atura as baboseiras que ele diz e que o ajuda a deitar-se.

- Sabes que mais Alex? – a voz dele já lhe chega abafada, de ter a cabeça enterrada na almofada.

- Sim, Damien? – Pergunta, levantando os olhos do livro. Será possivel que ele não se cale? Sinceramente, se isto contiuar vou ter de começar a cobrar ao Mac.

- És mesmo a maior.

São estas as últimas palavras que diz antes de começar a ressonar. Ela sorri. Pois claro que era a maior.

2.20.2009

Sorry

I’m sorry.

I really am. For leaving you alone. Again.

For being selfish.

For wanting this all to end.

Even though I am scared. You know I am. You know how much I fear death and obliteration from existence.

But I couldn’t.

I couldn’t stand this anymore. I couldn’t be what they wanted me to be. I couldn’t follow what they wanted me to follow. I could never bend to their rules.

You must hate me for it, of course you do. You never expected me to be as weak as I am at this point.

I want you to forgive me for that. For my weakness and for how easily I gave up.

That’s why I want you to be happy. Even if that means you’ll have to forget me, that my presence in your life will be but another face in the crowd. If that means you’ll be happy, I won’t mind it, not at all.

I want you to be happy without me.

Because I could never bring you happiness. Not the tiniest bit of it. Even if you seemed happy and even if you followed me.

Especially because I was the one following you, the one needing you in my life, not the other way around, as you might think. I simply didn’t show it.

So please forgive me for this sudden departure, but you’ll have to understand.

Please be happy

2.02.2009

Siempre me quedará

Cómo decir que me parte en mil
las esquinitas de mis huesos,
que han caído los esquemas de mi vida
ahora que todo era perfecto.

Y algo más que eso,
me sorbiste el seso y me decían del peso
de este cuerpecito mío
que se ha convertío en río.
de este cuerpecito mío
que se ha convertío en río.

Me cuesta abrir los ojos
y lo hago poco a poco,
no sea que aún te encuentre cerca.
Me guardo tu recuerdo
como el mejor secreto,
que dulce fue tenerte dentro.

Hay un trozo de luz
en esta oscuridad
para prestarme calma.
El tiempo todo calma,
la tempestad y la calma,
el tiempo todo calma,
la tempestad y la calma.

Siempre me quedará
la voz suave del mar,
volver a respirar la lluvia que caerá
sobre este cuerpo y mojará
la flor que crece en mi,
y volver a reír
y cada día un instante volver a pensar en ti.
En la voz suave del mar,
en volver a respirar la lluvia que caerá
sobre este cuerpo y mojará
la flor que crece en mi,
y volver a reír
y cada día un instante volver a pensar en ti.

 

2.01.2009

What lies beneath

O vento abana as folhas e ele senta-se num dos ramos altos, inspirando o cheiro da Terra. Chove. Ele, ao contrário dos seus companheiros, gosta da chuva. Mais do que da chuva, ele gosta da canção da Terra molhada, um canto suave, fresco e limpo. E depois, depois da chuva, a Terra também canta. Uma canção diferente, uma canção de alívio, alívio pela limpeza.

 

Mal começa a chover, o ambiente torna-se pesado e cheio de lembranças de passados tristes. Passados que todos tentam esquecer, ou que querem evitar ou que os perseguem. Mal isso começa, ele esquiva-se, sempre que pode. Foge para a rua, para as árvores, para os ramos, para onde possa ouvir a canção da Terra. Para que a chuva o deixe, pelo menos a ele, feliz.

 

Ao mesmo tempo que o deixam feliz, os dias de chuva também o assustam. Assustam-no porque é precisamente nesses dias, nos dias em que a Terra canta, que a sua outra parte, aquela que se encontra presa, presa para protecção do mundo, se aproxima mais da superficie, mais perto do seu ser e mais perto da realidade. É ai que ele o ouve, ouve os seus lamentos, os seus gritos desesperados por liberdade. Sim, liberdade. O demónio dentro dele quer liberdade, tal como ele a queria quando estava preso naquele monte. Naquela cela onde mal se via a luz do sol.

Ele sabe que o outro quer ser livre. Sabe-o e lamenta não poder fazer nada para o ajudar. Porque se o ajudar, se o deixar sair, todos aqueles que ele ama poderão sofrer as consequências e acabar magoados, ou mesmo mortos. Ele não conseguiria viver assim, sabendo que tinha sido responsável pela morte dos que ama.

 

Assim, sempre que chove ele aproveita e esgueira-se para a rua. Quando não se deita no meio do chão, trepa a uma árvore, e é ali, no meio de uma atmosfera húmida e com gotas de água a cairem-lhe no cabelo e no rosto, que a sua outra parte se liberta, não no sentido literal, mas é ali que se aproxima da superficie e contacta com ela. Durante alguns momentos apenas. Apenas porque ele não sabe o que pode acontecer se o deixar assim mais tempo. Ou melhor, sabe bem o que acontecerá e é por isso mesmo que não se atreve.

Durante esse curto espaço de tempo em que se atreve a deixá-lo tocar a superficie, ambos coexistem e ele sabe que o deixa feliz.

 

A primeira coisa que sente, proveniente dessa criatura que habita dentro dele, é raiva, raiva por estar aprisionado, ter o orgulho ferido. Ele, uma criatura temida até pelos própios deuses, preso! Preso assim, num corpo de criança, congelado no tempo. Proibido de sentir a Terra. A sua Terra. A Terra da qual nasceu e com a qual partilha a essência.

Mas também sente felicidade, a felicidade que a criatura sente, e que ele próprio sente, a felicidade por ouvir a canção da Terra.

 

É normalmente nesta altura que decide voltar, tentando a custo esconder um sorriso. No entanto sabe que é melhor calar-se e nem sequer mencionar o quanto a chuva o deixa feliz.

É por isso que quando aquele que o libertou da sua cela o olha, vendo encharcado e sorridente, e diz “Macaco idiota”, é quase como se não o ouvisse. Porque sabe que a chuva nunca o irá fazer tão feliz como o faz a ele. E porque sabe que pelo menos alguém se sente feliz com a chuva.

 

Mesmo que esse alguém seja um macaco idiota e o seu demónio interior…

Reaching (Goku)Seiten Taisei BW

_____________________________________

Perspectivas sobre o Seiten Taisei Son Goku (aka: Saiyuki a mais)

Live. Live. Live

saiyuki_v05_c025_p034

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eat till you’re full

play anytime you want

sleep as much as you like

cry. get angry. laugh

Live. Live. Live